Ociosidade na produção de uma fábrica de móveis: saiba lidar!

Ociosidade na produção de uma fábrica de móveis: saiba lidar!

ociosidade na produção

A ociosidade na produção de uma fábrica de móveis é um grande problema para a empresa, pois maquinário, materiais e mão de obra parados representam aumento no custo de fabricação, queda na lucratividade e diminuição da competitividade do negócio.

Para evitar que esse tipo de situação ocorra também no seu estabelecimento, você deve dar atenção especial ao Planejamento e Controle da Produção (PCP) e ao fluxo de materiais e de informações na empresa. Com uma análise minuciosa de todos os processos produtivos, é possível ainda retirar gargalos e deixar apenas etapas que tragam qualidade e valor agregado para os móveis.

Acompanhe, a seguir, algumas causas da ociosidade na produção e veja possíveis soluções para aumentar a eficiência no seu negócio.

Por que ocorre a ociosidade na produção?

Uma fábrica de móveis pode ficar com etapas paradas quando passa a não receber pedidos. Ainda assim, existe a possibilidade de haver ociosidade na produção mesmo com vendas em alta. Nesse caso, pode haver falhas no planejamento das atividades, no layout de produção, na sequência operacional das tarefas etc.

De modo geral, a fabricação de móveis planejados possui os seguintes processos: corte, colagem de fita, furação e usinagem. Desses quatro, normalmente o primeiro estágio é o mais sobrecarregado, pois é responsável por cortar as chapas de materiais, como MDF, para alimentar os demais processos. Logo, se o planejamento e controle de fábrica não é bem definido, corre-se o risco de que as etapas de colagem de fita, furação e usinagem fiquem paradas, enquanto aguardam as peças da etapa anterior.

A desvantagem das esperas é o aumento do custo de produção, afinal, há o preço da mão de obra sem serviço, das máquinas paralisadas, da falta de giro no estoque, além da possível insatisfação do cliente, devido à demora na entrega. Note, então, que todos os processos estão interligados. Por exemplo, se uma empresa é conhecida por não cumprir os prazos, a equipe de vendas terá mais dificuldade para fechar pedidos.

Como identificar os gargalos?

O ideal é que você faça um mapeamento do fluxo de valor (também conhecido como VSM) ao longo de toda a cadeia produtiva, do pedido do cliente à entrega dos móveis. Nesse trabalho, é importante identificar todos os processos envolvidos na realização dos produtos e, em seguida, avaliar aqueles que de fato contribuem para a qualidade e para a percepção de valor por parte do cliente e aqueles que podem ser descartados.

Ao fazer esse mapeamento, é importante que você tenha em mente o estágio atual e o estádio desejado. Com esses parâmetros bem definidos, fica mais fácil estabelecer metas de produtividade em cada etapa dos processos produtivos. Uma maneira de começar esse trabalho de melhoria é identificar o chamado lead time da produção, quer dizer, o tempo que se leva do pedido do cliente até a entrega do móvel acabado. Nesse caso, é importante considerar o tempo gasto na produção, pois, muitas vezes, um estoque alto pode mascarar um lead time baixo.

Numa fábrica de móveis, é comum haver gargalos na etapa de furação, que contribuem para o aumento da ociosidade na produção. Por exemplo, se a empresa não dispõe de máquinas de última geração, a regulagem dos equipamentos antigos costuma levar muito tempo. Assim, enquanto uma máquina de alta tecnologia fura 200 peças num período, uma antiga fura, às vezes, somente uma.

Mesmo assim, como cada empresa tem as próprias particularidades, é importante que você percorra a fábrica e acompanhe o dia a dia das tarefas, para identificar onde os funcionários gastam mais tempo.

Como combater a ociosidade na fábrica de móveis?

Uma maneira efetiva de realizar o Planejamento e Controle de Produção é por meio da utilização de um sistema de gestão empresarial (ERP, na sigla em inglês) próprio para o setor moveleiro. Com o uso da tecnologia, a organização do trabalho e o fluxo de materiais e de informações se tornam muito mais eficientes.

Por ser muito versátil, o software ERP contribui para os planejamentos estratégico, tático e operacional da empresa. Afinal, com o sistema é possível dimensionar desde a produção total da fábrica até as tarefas operacionais. Assim, a linha de produção pode ser organizada com previsibilidade, de modo que as etapas dos processos fabris possam ser integradas e haja considerável diminuição do tempo de espera entre uma equipe e outra.

Conforme o grau de modernização da empresa, é possível automatizar quase toda a cadeia produtiva. Por exemplo, com um plano de corte realizado com o auxílio de um software, pode-se gerar etiquetas para cada peça, de modo que a produção fique toda organizada. Assim, reduz-se significativamente o tempo gasto no fluxo de trabalho apenas para se juntar os materiais de determinado móvel.

O ERP contribui ainda para que o gerente dimensione, logo após os pedidos, a necessidade de compra de matéria-prima e a capacidade produtiva ao longo das demais etapas de fabricação, bem como a gestão financeira. Com previsões detalhadas da entrada de insumos e da saída de mercadorias prontas, o gerente tem condições de realizar um planejamento eficiente, para que a produção seja distribuída de maneira uniforme e integrada, com consequente diminuição na ociosidade. O software também permite que a produtividade seja avaliada por meio de gráficos, o que possibilita a identificação de gargalos de forma mais fácil.

Como se relacionar com a mão de obra?

Embora hoje em dia se valorize bastante a especialização nas empresas, é recomendável que existam numa fábrica de móveis os chamados profissionais “coringas”, que conheçam toda cadeia produtiva e que possam atuar em mais de um processo. Dessa maneira, o gerente pode realocar a mão de obra conforme a necessidade da empresa.

Para melhorar a produtividade, é importante que a fábrica treine adequadamente os funcionários, tanto em termos de operação de máquinas quanto de uso do sistema ERP. Como o software proporciona uma comunicação transparente entre alta gerência e o chão de fábrica, o colaborador passa a ter consciência da própria atuação dentro da cadeia produtiva e aprende que o trabalho dele é a matéria-prima do processo seguinte.

Vale lembrar ainda que uma comunicação ativa da empresa com os colaboradores é fundamental para se diminuir a ociosidade na produção. O funcionário deve conhecer o planejamento estratégico do negócio, para poder responder às necessidades e às metas do estabelecimento. Se o operador de máquina, por exemplo, não entende o papel dele para a conquista dos objetivos da fábrica, possivelmente não corresponderá às expectativas da gerência.

Já quando os diferentes escalões da empresa estão interligados e há canais de diálogo, as oportunidades de melhoria são maiores. Como os funcionários estão mais próximos da realidade operacional da empresa, é comum eles terem sugestões para aperfeiçoamento das tarefas. O uso dessas ideias também é muito útil para melhorar o fluxo de trabalho na cadeia produtiva.

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